Monday, January 07, 2008

P. S.

Quando fui ver este filme, cuja estreia já foi há umas semanas, cheguei mesmo na hora do início, pois achei que não ia ter quase audiência nenhuma e por isso não haveria falta de bilhetes. Filme português, não publicitado na tv e sem a Soraia Chaves descascada... afinal, tem enchido sempre e fiquei com o último lugar disponível (excepto nas primeiras duas filas), ao canto, por cima da entrada, que tem um parapeito. Como o senhor da bilheteira me disse que o "muro" ainda era altinho, lá resolvi levar um assento das criancinhas. Sim, é verdade, confesso!! Lá entrei eu na sala com o discreto objecto (enorme, vermelho-vivo!), a tentar escondê-lo da melhor maneira, mas acho que não deu muito resultado, a avaliar pelo ar de gozo da plateia. A verdade é que até é cómodo e permite uma elevação confortável. Recomenda-se (principalmente se ninguém vos conhecer!) ;)

Floripes, a moura encantada de Olhão

Um filme de Miguel Gonçalves Mendes.
Conta a lenda que quando os mouros foram expulsos da província, vendo-se obrigado a partir, o pai de Floripes não teve tempo de a prevenir. O seu namorado também partiu, ficando esta sozinha, à espera a cada momento que a viessem buscar. Numa noite em que esperava, viu ao longe a luz de uma embarcação. A noite era de tormenta e o barco escangalhou-se de encontro aos rochedos: era o seu namorado, que foi engolido pelas ondas. Ao saber o seu pai deste funesto acontecimento e vendo que não lhe era possível ir buscá-la, encantou-a de lá. Para quebrar o encantamento, seria necessário que um homem lhe desse um abraço, à beira de um rio, e a ferisse no braço contíguo ao coração. Logo que tal acontecesse, iria para junto dos seus familiares. Porém, existia uma dificuldade: esse homem teria de a acompanhar até África, atravessar o oceano com duas velas acesas e casar consigo à chegada. Floripes era avistada nas ruas de Olhão e junto ao Moinho do Sobrado, onde esperava que a viessem buscar ou libertar do encantamento.
O filme, no qual Floripes representa os medos dos pescadores de Olhão, foi muito bem conseguido, pois conjuga na perfeição o decorrer da acção com testemunhos de pessoas locais com opiniões diversas acerca do medo e da lenda da moura encantada. Todo o filme é falado em "algarvio" genuíno de Olhão (móce, larga da mão!), com direito a legendas!
Caso o homem que se dispusesse a desencantar a moura não conseguisse atravessar a água sem a vela se apagar, morreria afogado e ela teria que comer o seu coração (daí a imagem do cartaz). No entanto, o filme não é de todo assustador sendo, pelo contrário, cómico. O meu comentário preferido foi o de uma senhora de 90 anos da ilha da Culatra. Falou dos seus medos de quando jovem e dos temporais de antigamente, sobre os quais disse: "Agora já nada é como era. Antigamente, quando o vendaval era grande, davam à costa barcos com conservas e sacos de amêndoas. E nós íamos lá buscá-los. E sabão, até sabão dava à costa! Agora... agora já nada é como dantes..."

A nova inquilina



Por falar na Maria Albertina (Tininha para os amigos ou Sebastião para o Tó...), tenho que fazer as devidas apresentações. Esta é a Tininha, a nova inquilina cá de casa. Passa o dia a dormir na casota e a noite a descascar sementes para armazenar. O Tó, como é daqueles biólogos de quem nós não gostamos muito, já nos ensinou que a nossa bolinha de pêlo, da "raça" anão russo, pertence à espécie Phodopus songorus (I wonder why... mas, pelo sim pelo não, nada de namorados!!). A palavra hamster tem origem na palavra alemã "hamstern" que significa apropriar-se, pois estes roedores têm o hábito de armazenar alimentos em duas bolsas internas, que posuem na região final da boca e pescoço. É nessas bolsas também que escondem os filhotes quando pressentem perigo. Um verdadeiro encanto!

Sugestões de natal

Já vai atrasada a sugestão, mas pode ser que agora estejam em saldos. Estes são alguns dos imperdíveis produtos que hoje em dia se podem comprar por catálogo (eu sei, a escolha é difícil!):
- anéis sinalizadores de copos;
- pistola muda-canais de tv;
- campainha sem fios, com moldura;
-pendura-bananas;
-cestinho aquecedor de pão;
- aspira-migalhas hamburguer;
-moinho de pimenta eléctrico e com luz (o último grito em culinária é a confecção no escuro!);
- papel higiénico sudoku (este até percebo... tem dupla utilidade!);
- trolley de compras com cadeira (nada mais útil para as filas das compras do natal ou para as dos saldos... só só puxar e a cadeira desdobra-se do trolley);
- esvazia-bolsos em pele genuína;
-tapete massajador com comando à distância;
- mini-máquina de lavar a roupa (a avaliar pelo tamanho, é ideal para lavar 3 camisolas da Maria Albertina);
- mini-asprirador com ligação USB (mais uma vez, ideal para as lides domésticas da Tininha).

Saturday, January 05, 2008

Leicester by night

Antes de mais, desejo um excelente 2008 a todos. Que este seja um bom ano de colheita dos frutos plantados em 2007, sem esquecer da sementeira para o que vier.
De momento sinto que me saíram 2 toneladas de cima. Finalmente vou voltar à minha vidinha normal, com direito a fins de semana e noites bem dormidas.
Aqui ficam algumas fotos de Leicester, que ainda não tinha tido tempo de postar. Os créditos são do Yannis, porque eu nem uma única foto tirei... ah, pois é... achavam que tinha ido em passeio? Nada disso... uma semaninha no lab. das 9 às 18, sendo que às 3 da tarde já era de noite e as lojas lá fecham às 5... o q vale é que a anfitriã (a Nessi) me tratou como uma princesa, para ter ânimo e energia para enfrentar os longos dias de trabalho! Quando me levantava (o que custava imenso, porque estava um frio descomunal!) tinha uma mesa de pequeno-almoço como nas novelas brasileiras (eu normalmente, em casa, pego num iogurte, ponho na mala, e lá vou eu!). Apesar de tudo, foi uma semana muito boa. O pessoal no laboratório foi muito porreiro e a estadia não podia ter sido melhor. Pontos negativos: muuiito friiioo, as lojas fecham cedo e então, à quarta, há o late shopping night (até às 8, imagine-se! é a loucura!), há uma torneira de água gelada e uma de água a 100ºC (ou seja... ou uma pessoa gela ou fica sem pele...), depois das 5 da tarde não há bebidas quentes (... só bebidas que aquecem!!lol nada como vodka para o lanche!) e afinal não há montes de bolinhos com aspecto delicioso para acompanhar com o chá... publicidade enganosa!! (mas enfim... se a partir das 5 não há chá...). Pontos positivos: os preços da roupa, sapatos e supermercado (sim, Leicester fica na "Inglaterra barata"!), as condições de trabalho dos investigadores e a qualidade de vida.




eu e a Nessi

obrigada por tudo :)