Saturday, September 30, 2006

Ovo Kinder?

Os ovos de Páscoa mais famosos do mundo não são feitos de chocolate. Carl Fabergé, um joalheiro russo, fez os seus de ouro, prata e pedras preciosas. Abertos, revelavam pequenas imagens de pessoas, animais, plantas ou prédios e eram oferecidos pelo imperador aos amigos. Fabergé foi o joalheiro da corte dos czares russos Aleksandr III e Nikolai II.
A Páscoa era uma data muito especial na Rússia czarista: todos se beijavam e diziam "Cristo ressuscitou", recebendo a resposta "Verdadeiramente, Cristo ressuscitou" e um presente. Os ovos representavam a nova vida que surgia, o renascer das esperanças. Assim, quando Aleksandr III encomendou em 1885 um ovo para presentear a imperatriz na Páscoa seguinte, contendo uma surpresa, Fabergé criou uma série de ovos encaixáveis, em ouro, prata e pedras preciosas.
O czar gostou tanto da obra que disse a Fabergé que produzisse um ovo desses por ano. O acordo dava carta branca ao joalheiro para criar essas jóias como desejasse, a única condição era que deveriam ter sempre alguma surpresa em seu interior.
Durante a vida de Aleksandr III, só um ovo era feito por ano, sendo entregue pelo czar à czarina, Marie Feodorovna. Mas, a partir da ascenção ae Nikolai II, Fabergé passou a criar dois ovos por ano, um para a czarina Aleksandra Feodorovna e outro para a mãe dela. O ovo de Páscoa anual era sempre a grande surpresa para a família imperial. Além do brinquedo original, existem outros 49 ovos imperiais, cuidadosamente guardados junto com o tesouro da família Romanov.
H.C.Bainbridge
Ressurreição (1885-1890); Azova (1891)
Cáucaso (1893); Renascença (1894)
Palácios dinamarqueses (1895); Miniaturas rotativas (1896)
Coroação (1897); Imperatriz Marie Feodorovna (1897)
Lírios do Vale (1898); Cuco (1900)

Workshop de joalharia

Depois de um fim-de-semana super interessante, com pessoas das mais diversas áreas e onde se aprendeu e falou de tudo um pouco, eis o resultado, a minha chef d'oeuvre:

Mina de São Domingos

A Mina de São Domingos situa-se no Baixo Alentejo, na margem esquerda do Guadiana, a 17 km da Vila de Mértola. Integra-se na Faixa Piritosa Ibérica, que constitui uma das mais importantes Províncias Metalogénicas de sulfuretos maciços polimetálicos à escala mundial, estando inactiva desde 1966 por alegado esgotamento das suas reservas.
Dois tipos de extracção marcaram a exploração na Mina de S. Domingos: subterrânea e a céu aberto. A primeira levou à criação de um intrincado sistema de galerias, organizadas por pisos separados entre si cerca de trinta metros, até à profundidade de 405 metros, a partir do piso 120. A exploração mineira a céu aberto, realizada no local onde hoje está a "corta", iniciou-se em 1867 e terminou em torno da década de oitenta do século XIX, com a remoção de mais três milhões de metros cúbicos de terras, numa área de cerca 42.000 m2 e atingindo uma profundidade de cerca 100 metros. Actualmente a paisagem que se observa da mina não é, de todo, a de outrora. A mina encontra-se abandonada (apresentando apenas as ruínas) e em redor destas encontram-se lagoas ácidas (pH aproximadamente de 2,4) que foram criadas há mais de uma dezena de anos para fazer decantação das escorrências da antiga mina.
Estas ditas águas ácidas são não só prejudiciais para os solos e para os ecossistemas que se encontram junto das minas, mas também para linhas de água (algumas para consumo de populações). Contudo, apesar de todos os malefícios que o abandono da mina e que as águas ácidas podem trazer para o meio ambiente e até para o próprio Homem, é muita a gente que utiliza a água das lagoas ácidas para curar ferimentos. Estas águas são ainda utilizadas para o depósito de corpos de animais (usualmente domésticos) já mortos. A água ácida corrói o corpo do animal evitando assim a longa decomposição a que estaria sujeito se assim não o fizessem. Argh!! Apesar de tudo, parece-me um local bonito para visitar... ;)
A. Cruz, A. Sousa, R. Pereira
(1) - Lagoa ácida; (2) - Pirite

Friday, September 29, 2006

Vício de ti

por Mesa

Amigos como sempre
Dúvidas daqui pra frente
sobre os seus propósitos
é difícil não questionar.
Canto do telhado para toda a gente ouvir
os gatos dos vizinhos gostam de assistir.

Enquanto a musica não me acalmar
não vou descer, não vou enfrentar
o meu vício de ti não vai passar
e não percebo porque não esmorece
ao que parece o meu corpo não se esquece.

Não me esqueci, não antevi, não adormeci, o meu víciode ti (2x)

Levei-te à cidade, mostrei-te ruas e pontes
Sem receios atrai-te as minhas fontes
Por inspiração passamos onde mais ninguém passou
Ali algures algo entre nós se revelou.

Enquanto a música não me acalmar
não vou descer, não vou enfrentar
o meu vício de ti não vai passar
não percebo porque não esmorece
será melhor deixar andar
Será melhor deixar andar

Não me esqueci, não antevi, não adormeci, o meu víciode ti (3x)

Eu canto a sós pra cidade ouvir
e entre nós há promessas por cumprir
mas sei que nada vai mudar
o meu vício de ti não vai passar, não vai passar...

Flutuo

por Susana Félix

Flutuo, consigo deslindar o meu gosto sem esforço
Balanço é o que a maré me dá e eu não contesto
O meu destino está fora de mim e eu aceito
Sou eu despida de medos e culpas, confesso

Refrão
Hoje eu vou fingir que não vou voltar
Despeço-me do que mais quero
Só para não te ouvir dizer que as coisas vão mudar
amanhã

Flutuo, consigo deslindar o meu gosto sem esforço
Balanço é o que a maré me dá e eu não contesto
Amanhã, pensar nisso sempre me dá mais jeito
Fazer de mim pretérito mais que perfeito

Refrão
Hoje eu vou fingir que não vou voltar
Despeço-me do que mais quero
Só para não te ouvir dizer que as coisas vão mudar
amanhã, amanhã
Hoje eu vou fugir para não me dar a vontade de ser tua

Só para não me ouvir dizer que as coisas vão mudar
amanhã, amanhã, amanhã
Flutuo

Plágio

por Maria de Vasconcelos

Talvez um dia se acabe
esta loucura que arde
e faz arder loucamente
O dia por acabar

Talvez um dia se vá
A doce melancolia
E terna terna magia
Do beijo por esperar

Talvez um dia porém
Até que a morte separe
Jure o verso que roubei

Que a chama dure e perdure na verdade que sonhei
E o sonho acorde e se cure da noite em que te encontrei

Olho-te. Quero-te. Tenho-te. Amo-te .
Enrolo-te. Devoro-te. Juro-te.Adoro-te.

Jogo-te .Ganho-te. Ganho-te .Exploro-te.
Jogo-te. Perco-te. Perco-te. Choro-te.

Thursday, September 28, 2006

Féria

Sim. Substantivo comum singular (como lápi, téni, sande :D). Foi só um dia mas valeu a pena, embora o objectivo não tenha sido atingido. Fiquei a 26Km de Aracena, mas era sábado, estava a chover (e eu de chinelos!!) e, para ajudar, em Espanha já eram quase 19h (uma hora mais tarde que em Portugal), pelo que de certeza que as Grutas de la Maravilla já estariam fechadas. Fica para a próxima, e assim depois aproveito para ver mais qualquer coisa da Sierra de Aracena y Picos de Aroche, que é lindíssima.

Almonaster la Real II

Almonaster é uma vila simpática, com ruas muito estreitas e trânsito complicado, onde todos têm paciência e compreensão; fazem marcha atrás com um sorriso para facilitar a passagem de outrém e aproveitam para cumprimentar os conhecidos que passam na rua. As casas são baixas e os estabelecimentos comerciais todos têm, em vez de uma placa de néon, uns azulejos com o nome. As portas de entrada das habitações estão abertas, pois há uma antecâmara antes da porta de entrada propriamente dita, onde se podem admirar azulejos e candeeiros do tipo mourisco.

Almonaster la Real I

Al-Monastyr - topónimo árabe (descrito pela primeira vez no ano 822 d.C. pelo geógrafo muçulmano Abú Ubaid al Bakri) que é a trasncrição quase literal de Monasterium, término do baixo latim, que por sua vez deriva de Monasterion. Esta etimologia, associada aos restos paleocristãos e ao processo habitual de construir mesquitas sobre igrejas visigodas, que por sua vez haviam substutuído edifícios pagãos, leva a supor que Al-Monastyr fosse o término utilizado na Andaluzia para designar os velhos mosteiros cristãos.
Almonaster tem origem romana, como testemunham as ruínas do castelo que assenta sobre muros romanos e os numerosos restos reutilizados na mesquita, que circunscreve a fortaleza. A população estava já instalada na época dos Visigodos (séc. VII), quando foi edificada a basílica-mosteiro, na qual viria depois a assentar a mesquita, no séc. X. É uma construção irregular de ladrilho e pedra, sobre uma planta trapezóide, cuja forma foi provavelmente determinada pelo declive do terreno. A sala de oração tem cinco naves, cujas arcadas correm transversias à qibla, como na mesquita de Córdoba. A nave central é mais larga que as seguintes, por sua vez mais largas que as exteriores.



Cortegana

Cortegana é um pequeno enclave com cerca de 5000 habitantes situado em pleno Parque Natural Sierra de Aracena y Picos de Aroche, na Andaluzia ocidental, província de Huelva. Sobre Cortegana ergue-se a majestosa fortaleza medieval, de Sancho IV (El Bravo), que oferece umas vistas magníficas. É o castelo da serra que se encontra em melhor estado de conservação, contendo um museu no seu interior e é também onde são celebradas as jornadas medievais, em Agosto. Ainda em Cortegana, podemos admirar a Iglesia Parroquial del Divino Salvador, onde se misturam os diversos estilos arquitectónicos pelos quais passou a igreja desde o séc. XIV. No seu interior há imagens da Imaculada (escultura em madeira do séc. XVIII) e da Virgem das Dores (por Rafael Barbero Medina, em 1950).









N.R.: Para ir para Almonaster, é melhor não se aventurarem pelo meio de Cortegana... as ruas são todas de sentido único, muito estreitras e a pique. Além disso tem uma sinalização muito peculiar, em que entramos numa rua sem indicação de beco sem saída ou sentido proibido e depois bifurca em duas que são de sentido proibido... é uma autêntica odisseia tentar encontrar o caminho para Almonaster ou até para voltar à N433! Para Almonaster, basta continuar em direcção a Sevilha e passados 1-2Km há uma saída muito mais directa.

Viagens na minha terra

A caminho de Aracena (Espanha): Alentejo; Mértola; praia fluvial de Mina de São Domingos. Ficaram por ver os dólmens do final do Neolítico em Alcoutim e a região da mina de S. Domingos.



Casa Decor 2006

Decorreu em Agosto, na antiga fábrica da cerveja, em Faro.