Saturday, March 31, 2007

A história do Lego

A NECESSIDADE AGUÇA O ENGENHO...
Os anos da Grande Depressão foram tempos difíceis. Desempregado, Ole Christiansen fundou em 1930 uma pequena carpintaria, dedicando-se à construção de tábuas de passar roupa, prateleiras e outros objectos de uso quotidiano. Nos poucos tempos livres, com as sobras de madeira e a sua imaginação, criava brinquedos para os seus filhos.

LEGO - QUE PALAVRA ESTRANHA...
Estes brinquedos tiveram tanto sucesso que Christiansen decidiu apostar neste sector. Desejando criar uma marca para os seus produtos, escolheu a combinação das palavras "leg godt" que em dinamarquês significa "brincar bem". Curiosamente, em latim, a expressão "lego" pode ser interpretada como "eu aprendo". Ora, o que podia ser mais adequado?Foi assim que em 1934 surgiu a marca LEGO, longe ainda dos famosos blocos de plástico coloridos que todos conhecemos.
MAS, AFINAL, COMO SURGIRAM OS "LEGOS"?
Em 1954, após uma visita a uma feira de brinquedos internacional, Christiansen ouviu queixas de vários compradores acerca da inexistência de um brinquedo "universal", que agradasse a várias faixas etárias.Christiansen não perdeu tempo e pensou no sistema básico de tijolos de madeira, que a fábrica já produzia desde 1949. Porque não desenvolve-lo?Para o efeito, recorreu a um tipo de plástico recentemente inventado, chamado ABS (Acrilonitrilo-Butadino-Styreno), que permite cores mais fortes e é de fácil moldagem.O produto foi lançado no mercado em 1955, com o nome LEGO System of Play.Agora as crianças podiam brincar e, ao mesmo tempo, desenvolver a sua imaginação e criatividade, utilizando as peças encaixáveis para formar casas, veículos, naves espaciais, figuras de animais, pessoas, enfim, um sem numero de possibilidades só limitado pela imaginação.E o resto é história, como se costuma dizer...
A LEGO nunca deixou de acompanhar os tempos, e ainda hoje, os seus produtos conseguem apelar a vários tipos de público, influenciando campos tão distintos como a robótica, a arte e até mesmo a religião (ver mais).

Sunday, March 25, 2007

Algarve Jardim - Feira da Flor, Jardinagem, Plantas, Equipamentos e Piscinas

Faro, de 22 a 25 de Março de 2007
(estava fracote...)



Novos conhecimentos para tratamento de cancros metásticos

Estudos anteriores tinham já demonstrado que a proteína podocalixina podia ajudar a prever se o cancro da mama apresentava ou não capacidade de se metastizar. Agora cientistas da University of British Columbia (UBC), nos EUA, apresentam um estudo que indicia que esta proteína pode estar na causa da proliferação de cancros da mama e ovários mais invasivos.
De acordo com o novo estudo, publicado on-line pela Public Library of Science, a proteína podocalixina interfere na forma das células tumorais e na capacidade de adesão das mesmas e desta forma na potencialidade do tumor crescer e proliferar para outras zonas do corpo.
Os cientistas explica que, «a causa está escondida na superfície das células tumorais, por isso, estamos agora a desenvolver moléculas ‘inteligentes’ para bloquear a sua função. O objectivo último é gerar novos alvos, tratamentos não tóxicos – muito diferentes da quimioterapia standard que ‘atinge e queima’».
No estudo, as equipas de cientistas do Centro de Investigação Biomédica e do Departamento de Ciências Celular e Física, da UBC, explicam que descobriram que a proteína podocalixina aumenta a expansão da superfície das células tumorais não adesivas, afastando as moléculas adesivas e permitindo, desta forma, que as células malignas ‘livres’ consigam viajar para outros locais do corpo.
Para além disso, a proteína podocalixina ao expandir a superfície das células não adesivas arrasta com elas uma outra proteína, a NHERF-1, que se sabe estar relacionada com a invasão e o crescimento das células.
«Estamos agora a ver o que leva a forma característica da célula a mudar em tumores cancerígenos e possivelmente como estas células crescem e se metastizam. Dá-nos um alvo totalmente novo para terapia», refere Kelly McNagny, especialista em células estaminais e investigadora principal, que adianta, «se conseguirmos bloquear a proteína, podemos ser capazes de parar a proliferação das células».
Os cientistas esperam agora iniciar uma nova fase da investigação, ao desenvolver anticorpos capazes de bloquear a proteína e testá-los em modelos de animais. Apesar dos bons resultados, os investigadores acreditam que este conhecimento só poderá ter aplicações práticas, no tratamento de humanos, no espaço de 10 anos.

Estrutura de E8 descodificada por matemáticos

Desde o século XIX que o enigma E8, um dos grupos de Lie, está por resolver. Um cálculo matemático até agora sem resposta inventado pelo matemático norueguês Sophus Lie, com a finalidade de estudar a simetria das estruturas analíticas.
Bolas, cilindros ou cones são exemplos comuns de objectos simétricos de três dimensões, no entanto, o E8 apresenta 248 dimensões. Jeffrey Adams, líder do projecto e professor de matemática da Universidade de Maryland, citado em comunicado do Massachusettes Institute of Technology (MIT) afirma que, «o E8 foi descoberto há um século, em 1887, e até agora ninguém pensou que a estrutura poderia alguma vez ser compreendida».

O que é atraente no estudo do E8 é que é tão complicado como a simetria consegue ser», afirma David Vogan, investigador do MIT envolvido no projecto. O cientista adianta que, «a matemática consegue quase sempre oferecer outro exemplo que é mais difícil do que aquele para o qual estamos a olhar no momento, mas o grupo Lie E8 é o mais difícil de todos».

Os cientistas referem que ao fim de uma vasta consulta à leitura disponível sobre o E8 e chegada a hora de introduzirem os dados no computador, verificaram que não existiam máquinas suficientemente poderosas para introduzir uma quantidade tão vasta de informação.

Para lidar com a questão, os cientistas decidiram «realizar várias pequenas versões do cálculo, cada um produzindo uma versão incompleta da resposta. Estas respostas incompletas poderiam ser conjugadas para dar a solução final», explicam os cientistas no site do American Institute of Mathematics e adiantam que «o custo foi ter de correr o cálculo quatro vezes, mais o tempo de combinar as respostas. No final o cálculo levou cerca de 77 horas a realizar no supercomputador Sage».

Os cientistas sabem que os resultados do cálculo vão ter grandes implicações na mais diversas áreas da ciência, mas «esta é uma investigação fundamental que terá muitas implicações, a maioria das quais nós ainda não sabemos», afirma Jeffrey Adams e adianta que, «tal como o Genoma Humano não dá instantaneamente um novo medicamento milagroso, os nossos resultados são uma ferramenta básica que as pessoas vão utilizar para desenvolver investigação noutras áreas».
Para quem ainda está confuso/ curioso, pode ver aqui mais informações acerva do dito cujo E8. Até tem a sua piada...

Mosquitos transgénicos podem ajudar a combater a malária

Com grande incidência nos países africanos e asiáticos, a malária continua a afectar milhões de pessoas sendo que, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde, é uma doença endémica em 105 países, é responsável por 300 a 500 milhões de casos clínicos globalmente e mata mais de um milhão de pessoas por ano.
Ainda sem controlo da malária, várias são as equipas de cientistas que têm vindo a desenvolver tentativas de vacinas e técnicas de extermínio dos mosquitos, que funcionam como meio de transporte das várias formas de parasitas que provocam a doença.
Na actual edição on-line, 19 de Março, da publicação científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), cientistas norte-americanos da Johns Hopkins University, apresentam os resultados de um estudo onde desenvolveram um mosquito geneticamente modificado resistente a um dos parasitas, o Plasmodium berghei, que está na origem da doença apesar de não ser o mais perigoso.
Os cientistas desenvolveram uma série de experiências em cativeiro com os mosquitos geneticamente modificados e verificaram que estes têm maior nível de sobrevivência do que mosquitos ‘normais’, quando alimentados com sangue de ratos de laboratório infectados com o parasita.
No estudo publicado no PNAS, os cientistas escrevem que, «aqui mostramos que quando alimentados por ratos infectados com o parasita, estes mosquitos transgénicos são mais saudáveis (maior fecundidade e menor mortalidade) do que os contrapartes não transgénicos».
Para além disso, os resultados do estudo demonstram, que os mosquitos transgénicos não só estão protegidos contra o parasita da malária como, ao procriarem com os mosquitos selvagens, tem a capacidade de transmitir o gene protector aos seus descendentes.

Transgénico comercializado na Europa provoca toxicidade hepato-renal?

Milho geneticamente modificado, MON863, é o primeiro alimento transgénico a apresentar riscos para a saúde, dizem cientistas franceses e alertam autoridades para retirar milho de circulação no espaço europeu.
Os cientistas afirmam que a Companhia Monsanto, produtora do milho GM MON863, não só omitiu dados importantes para a avaliação da segurança alimentar do milho como as metodologias de análise e trabalho dos dados disponíveis devem ser postos em causa.
Cientistas franceses do Comité de Recherche et d'Information Indépendantes sur le génie GENétique (CRIIGEN), reanalisaram de forma independente estes dados. Estatísticas apropriadas foram acrescentadas, como análises multi variadas das curvas de crescimento e para os parâmetros bioquímicos foram realizadas comparações entre os ratos alimentados com OGM e o grupo de controlo alimentados com uma dieta normal equivalente e separada em seis diferentes dietas de referência com diferentes composições.
As medições químicas revelaram sinais de toxicidade hepato-renal, marcadas por diferentes sensibilidades nos machos e nas fêmeas. Os triglicéridos aumentaram de 24% para 40% nas fêmeas, o fósforo na urina e o sódio nas fezes diminuíram nos machos de 31% para 35%.
Mas porque nesta história existem dois lados de uma mesma moeda, muitos cientistas têm surgido em reacção ao estudo agora apresentado. Pedro Fevereiro, investigador e Director do Centro de Informação sobre Biotecnologia (CIB), afirma que «a reapreciação é discutível».
A credibilidade da equipa francesa é posta em causa quando não refere que mais dois estudos semelhantes foram efectuados com variedades de milho contendo o mesmo evento MON863 e não adicionando/avaliando esses resultados também.
«A credibilidade é ainda posta em causa quando existe uma notável dificuldade em descobrir onde trabalha de facto o primeiro autor e pela forma como o assunto é colocado, tendo como clara finalidade assustar a opinião pública em geral e descredibilizar as entidades públicas (como a EFSA e a USDA) que certificam as variedades transgénicas», afirma Pedro Fevereiro.

Automóvel sem condutor pode ser possível em 2022

Protótipo de automóvel autónomo vai ser testado no Verão de 2007. Cientistas ingleses da universidade de Essex acreditam que em 15 anos vai ser possível que carros sem condutores circulem nas cidades de todo o mundo, provavelmente para necessidades de transportes específicas como táxis ou veículos de entregas. As potenciais aplicações no mundo real da tecnologia de visão computacional, que vão ser desenvolvidas, são contínuas.
No desenvolvimento do protótipo de modelo de automóvel inteligente, os cientistas indicam que utilizaram um controlo remoto standard, um computador que vai ser montado no chassi do veículo, uma câmara de vídeo que emite imagens em tempo real e uma série de sensores que vão permitir tornar o veículo autónomo.
Para além da tecnologia empregue, os investigadores desenvolveram um software específico para que o automóvel seja capaz de reconhecer obstáculos e tomar decisões de boa condução, ou seja, um programa que o tornará mais rápido, eficiente e inteligente.

Fósseis de dinossauro escavador encontrados nos EUA

Baptizado com o nome de Oryctodromeu cubicularis, a nova espécie de dinossauro que data 95 milhões de anos, pertencendo ao Cretácio Inferior, foi descoberta numa cova na Blackleaf Formation, em Montana, nos EUA.
Na cova encontrada por cientistas da Montana State University, constavam fosseis de um dinossauro adulto e de dois jovens e os especialistas acreditam que se abre agora uma nova área do conhecimento sobre dinossauros, que escavavam buracos para se proteger dos predadores e sobreviver às temperaturas agrestes dos pólos e dos desertos.
«Correspondência entre a cova e as dimensões do adulto suporta a ideia que o Oryctodromeus fez o buraco», escrevem os cientistas no artigo publicado na actual edição, 21 de Março, da publicação científica Proceedings of the Royal Society B. e adiantam que, «para além disso, o Oryctodromeus exibe características no focinho, ombros estreitos e pélvis consistentes com hábitos de escavação, enquanto mantém membros com proporções para correr».
«A presença de um adulto e dois jovens dentro de uma câmara escondida representa uma das melhores evidências do cuidado parental dos dinossauros», refere David Varricchio, paleontólogo da Montana State University.
«O buraco provavelmente protegeu o adultos e jovens Oryctodromeus dos predadores e de condições ambientais difíceis», supõe o especialista e adianta que, «o comportamento de escavar pode ter permitido a outros dinossauros sobreviver em ambientes extremos como as regiões polares e desertos e questiona algumas das hipóteses de extinção no final do Cretácio».
Os cientistas indicam que, com base nas vértebras do adulto encontrado, este mediria 2 metros e 13 centímetros de comprimento, seria vegetariano e terá sofrido várias adaptações até se tornar um escavador, já que os membros superiores também estavam preparados para correr.
O pequeno dinossauro não apresentava ornamentos assustadores como grandes dentes ou chifres, mas as ossadas indicam que teria uma tromba que provavelmente terá servido como uma pá para escavar, ossos fortes nos ombros, para sustentar grandes músculos, e no quadril para ajudar na escavação do buraco.
Os cientistas adiantam ainda que, «a associação entre adulto e jovem dentro de uma câmara terminal fornece provas definitivas de cuidados parentais extensivos na Dinossáuria. Tal como os vertebrados modernos corredores que escavam, fazer buracos nos Oryctodromeus pode ter sido uma importante adaptação para educar os mais novos».
No Verão de 2007, os cientistas anunciam que as ossadas dos Oryctodromeus vão ser expostas no ‘Hall of Giants’, do Siebel Dinosaur Complex, no Museum of the Rockies, da Montana State University, onde uma vasta colecção de fósseis pode ser encontrada e na qual consta o maior esqueleto de um T-rex existente.

Sunday, March 18, 2007

Nova espécie de leopardono no Bornéu e Sumatra

Durante um século pensou-se que o leopardo nebuloso da região sudeste do continente asiático era a mesma espécie que vivia nas florestas das ilhas do Bornéu e Sumatra. Agora, análises genéticas identificaram diferenças que permitem selar a descoberta de uma nova espécie, que é o maior predador daquelas ilhas indonésias.
A diferença entre os felinos — comparáveis às diferenças entre outras espécies como o leão, o tigre, o leopardo, o jaguar e o leopardo das neves — foi identificada por investigadores do laboratório de diversidade genética do instituto americano do cancro.
Os cientistas acreditam que a população do Bornéu começou a seguir um caminho evolutivo diferente há 1,4 milhões de anos.
"Os resultados genéticos mostram, claramente, que os leopardos nebulosos do Bornéu devem ser considerados uma espécie diferente", declarou Stephen O'Brien, director do laboratório americano. "Os testes ao ADN salientaram cerca de 40 diferenças entre as duas espécies", revelou.
Estes resultados genéticos são suportados por investigações sobre a variação geográfica da espécie, baseada principalmente nos padrões do pêlo e coloração da pele.
O leopardo do Bornéu, Neofelis diardi, é mais escuro do que o leopardo do continente, Neofelis nebulosa, e tem uma tira dupla dorsal e pêlo cinzento, com pequenas manchas. A espécie do continente tem manchas maiores, pêlo mais claro e uma tira dupla dorsal parcial.
A WWF estima que existam entre cinco mil e onze mil leopardos no Bornéu e entre três mil e sete mil na Sumatra. O seu habitat é uma região montanhosa no interior do Bornéu, com 220 mil quilómetros quadrados — cerca de cinco vezes o tamanho da Suíça —, coberta de floresta tropical. A maior ameaça à espécie é a destruição do seu habitat.
Artigo in Publico, 15-03-2007

Tantos lápis!!





Dolphin Parade

Há quem goste de vacas... nós aqui, na marina de Albufeira, gostamos mais de golfinhos ;)