Sunday, March 25, 2007

Transgénico comercializado na Europa provoca toxicidade hepato-renal?

Milho geneticamente modificado, MON863, é o primeiro alimento transgénico a apresentar riscos para a saúde, dizem cientistas franceses e alertam autoridades para retirar milho de circulação no espaço europeu.
Os cientistas afirmam que a Companhia Monsanto, produtora do milho GM MON863, não só omitiu dados importantes para a avaliação da segurança alimentar do milho como as metodologias de análise e trabalho dos dados disponíveis devem ser postos em causa.
Cientistas franceses do Comité de Recherche et d'Information Indépendantes sur le génie GENétique (CRIIGEN), reanalisaram de forma independente estes dados. Estatísticas apropriadas foram acrescentadas, como análises multi variadas das curvas de crescimento e para os parâmetros bioquímicos foram realizadas comparações entre os ratos alimentados com OGM e o grupo de controlo alimentados com uma dieta normal equivalente e separada em seis diferentes dietas de referência com diferentes composições.
As medições químicas revelaram sinais de toxicidade hepato-renal, marcadas por diferentes sensibilidades nos machos e nas fêmeas. Os triglicéridos aumentaram de 24% para 40% nas fêmeas, o fósforo na urina e o sódio nas fezes diminuíram nos machos de 31% para 35%.
Mas porque nesta história existem dois lados de uma mesma moeda, muitos cientistas têm surgido em reacção ao estudo agora apresentado. Pedro Fevereiro, investigador e Director do Centro de Informação sobre Biotecnologia (CIB), afirma que «a reapreciação é discutível».
A credibilidade da equipa francesa é posta em causa quando não refere que mais dois estudos semelhantes foram efectuados com variedades de milho contendo o mesmo evento MON863 e não adicionando/avaliando esses resultados também.
«A credibilidade é ainda posta em causa quando existe uma notável dificuldade em descobrir onde trabalha de facto o primeiro autor e pela forma como o assunto é colocado, tendo como clara finalidade assustar a opinião pública em geral e descredibilizar as entidades públicas (como a EFSA e a USDA) que certificam as variedades transgénicas», afirma Pedro Fevereiro.

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