Sunday, March 25, 2007

Mosquitos transgénicos podem ajudar a combater a malária

Com grande incidência nos países africanos e asiáticos, a malária continua a afectar milhões de pessoas sendo que, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde, é uma doença endémica em 105 países, é responsável por 300 a 500 milhões de casos clínicos globalmente e mata mais de um milhão de pessoas por ano.
Ainda sem controlo da malária, várias são as equipas de cientistas que têm vindo a desenvolver tentativas de vacinas e técnicas de extermínio dos mosquitos, que funcionam como meio de transporte das várias formas de parasitas que provocam a doença.
Na actual edição on-line, 19 de Março, da publicação científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), cientistas norte-americanos da Johns Hopkins University, apresentam os resultados de um estudo onde desenvolveram um mosquito geneticamente modificado resistente a um dos parasitas, o Plasmodium berghei, que está na origem da doença apesar de não ser o mais perigoso.
Os cientistas desenvolveram uma série de experiências em cativeiro com os mosquitos geneticamente modificados e verificaram que estes têm maior nível de sobrevivência do que mosquitos ‘normais’, quando alimentados com sangue de ratos de laboratório infectados com o parasita.
No estudo publicado no PNAS, os cientistas escrevem que, «aqui mostramos que quando alimentados por ratos infectados com o parasita, estes mosquitos transgénicos são mais saudáveis (maior fecundidade e menor mortalidade) do que os contrapartes não transgénicos».
Para além disso, os resultados do estudo demonstram, que os mosquitos transgénicos não só estão protegidos contra o parasita da malária como, ao procriarem com os mosquitos selvagens, tem a capacidade de transmitir o gene protector aos seus descendentes.

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